Cálculo Renal – Pedra nos Rins
Urologista especialista cálculos renais

Como urologista particular,

especialista cálculo renal

, comparo o cálculo renal a um açúcar no fundo de uma xícara de café. Imagine a urina como uma solução onde diferentes sais estão dissolvidos, especialmente ácido úrico e cálcio. Em condições normais, esses sais permanecem em solução. No entanto, em um ambiente de alta concentração de sais ou baixo volume de urina, esses sais podem começar a cristalizar, assim como o açúcar se assenta no fundo de uma xícara de café. É exatamente essa cristalização que leva à formação dos cálculos renais.

Em consultas urológicas, eu frequentemente uso um cubo mágico para ilustrar como esses cristais podem se agrupar para formar uma pedra. No entanto, devemos lembrar que, como o açúcar, esses sais são muito mais estáveis na forma cristalizada do que em solução.

Existem diversos fatores de risco para a formação de cálculos renais, popularmente conhecidos como pedra nos rins. Entre os mais comuns estão o excesso de cálcio na urina, muitas vezes causado pela ingestão excessiva de sódio, e o excesso de ácido úrico na dieta. O processo de troca entre o cálcio e o sódio ocorre nos rins, e, em algumas pessoas, o excesso de ácido úrico pode levar a condições como a gota, que também pode ocasionar a formação de cálculos renais.

Além desses fatores, a baixa ingestão de líquidos também contribui para a formação de pedras nos rins, pois isso pode levar a uma maior concentração de sais na urina. Contudo, é importante lembrar que nem todas as pessoas que possuem esses fatores de risco desenvolverão cálculos renais.

Existem também situações excepcionais que podem aumentar o risco de desenvolver pedras nos rins. Estas incluem malformações urológicas e alterações anatômicas adquiridas em urologia, como aquelas resultantes de cirurgias, manipulações ou uso crônico de sondas.



O cálculo renal é basicamente um agrupamento de ácido úrico ou cálcio de diferentes diâmetros que ocorre na urina. Este diâmetro é muitas vezes estimado através de um exame de Tomografia, mas é importante frisar que raramente teremos uma pedra com formato perfeito, seja em forma de cubo ou de esfera.

Como

especialista pedra nos rins

, atendo em moderna e privativa clínica no bairro de Perdizes, em São Paulo.

A coisa mais importante a entender é que o ureter, o conduto que permite o escoamento da urina da pelve renal para a bexiga, mede cerca de quatro e meio milímetros e é relativamente elástico. Nosso organismo pode aumentar o calibre desse ureter em 10 a 20%, o que pode resultar nas famosas cólicas renais, o principal sintoma do cálculo renal.

Portanto, fica claro que a prevenção da formação de cálculos renais passa por manter uma hidratação adequada, controlar a ingestão de sódio e cuidar de nossa saúde urológica de forma geral. Caso suspeite de pedras nos rins, procure um urologista. Tratar a condição precocemente pode evitar complicações futuras e aliviar os sintomas desconfortáveis.

Sintomas É interessante notar que nem todos os cálculos renais causam sintomas. Se as pedras estiverem "quietas", localizadas dentro dos cálices renais – que é o sistema de encanamento dos rins –, é provável que você não sinta absolutamente nada. O problema surge quando essas pedras começam a se deslocar.

Ao longo do tempo, os cálculos tendem a crescer. Quando uma dessas pedras desce e se aloja no ureter, o tubo que liga o rim à bexiga, ocorre o que chamamos de cólica renal. A cólica renal é uma resposta do corpo ao súbito bloqueio do ureter pela pedra. Quem já experimentou uma cólica renal sabe quão intensa essa dor pode ser. Caracteristicamente, a dor começa forte no flanco das costas, abaixo das costelas, onde estão localizados os rins.



À medida que o cálculo continua a descer pelo ureter, a dor tende a migrar para a frente, em direção ao pé da barriga. É uma migração da dor na diagonal em direção ao púbis e à genitália externa. Quando o cálculo está prestes a ser expelido, é nessa região que a dor se intensifica.

Os sintomas clássicos do cálculo renal incluem, então, cólicas renais, que são dores intensas e súbitas, e náuseas. Eventualmente, vômitos e palidez também podem ocorrer quando a pedra "enrosca" no ureter. Porém, é importante enfatizar que a maioria esmagadora das pessoas com cálculos renais é assintomática.

Por esta razão, é essencial que a avaliação de cálculos renais seja incluída nos exames de rotina com o seu urologista. O ultrassom, por exemplo, é um método de imagem não invasivo que pode detectar a presença de pedras nos rins, mesmo antes que causem sintomas.

Lembre-se, o diagnóstico precoce é crucial para um tratamento eficaz e para prevenir complicações mais graves. Se você experimentar qualquer um dos sintomas que mencionei, ou se tiver antecedentes familiares de cálculos renais, aconselho que procure um urologista. Este é um problema de saúde que pode ser gerenciado com sucesso quando identificado e tratado de forma adequada.

Tratamentos No que diz respeito aos cálculos renais, é essencial entender que o tratamento apropriado pode variar dependendo do tamanho e da localização das pedras.

Podemos classificar os cálculos renais em três tamanhos principais: pequenos (menores que cinco milímetros), médios (entre cinco e dez milímetros) e grandes (maiores que dez milímetros). As pedras maiores sempre requerem tratamento, enquanto as menores podem, em alguns casos, passar pelo trato urinário sem causar dor ou desconforto significativos. No entanto, quando essas pedras menores causam dor intensa (cólica renal), também podem necessitar de intervenção.

Existem certas profissões em que uma crise de cólica renal pode ter implicações sérias, como pilotos, mergulhadores e outros profissionais que trabalham em locais remotos ou têm a responsabilidade de vidas em suas mãos. Nestes casos, recomenda-se frequentemente um tratamento preventivo para evitar crises.

Para tratar os cálculos renais, usamos normalmente dois tipos de procedimentos endoscópicos. Estes são procedimentos hospitalares que exigem internação. O primeiro tipo, conhecido como Ureteroscopia Rígida, é utilizado para cálculos localizados próximo à bexiga e que estão prestes a serem expelidos. Neste caso, inserimos uma câmera de três milímetros pela uretra para localizar e remover os cálculos. Por vezes, também utilizamos um laser para fragmentar as pedras e depois removê-las com cestas extratoras específicas.

Para cálculos situados mais acima no trato urinário, utilizamos um Ureteroscópio Flexível. Este aparelho, também de três milímetros, é capaz de dobrar até 270 graus, permitindo uma visão em todas as direções e possibilitando a busca por fragmentos de cálculos em todos os cálices renais.



Após o tratamento, podemos deixar um tipo específico de dreno, conhecido como cateter Duplo J, no ureter. Este cateter possui duas extremidades, uma em cima e outra embaixo, para que fique fixo no lugar, ajudando a drenar a urina após o procedimento. Ele pode ser retirado no consultório, através de um fio amarrado ao cateter, ou mediante outro procedimento endoscópico.

Esses são procedimentos de alta tecnologia, realizados em ambiente hospitalar, que exigem equipamento especializado e formação médica específica. Por isso, é fundamental procurar um urologista experiente para realizar a avaliação e o tratamento adequados.

Lembre-se, cada paciente é único e a melhor abordagem para tratar os cálculos renais deve ser individualizada. Caso tenha dúvidas ou preocupações, procure um profissional de saúde.

Dúvidas frequentes

Qual o tamanho das pedras que conseguimos expelir?

O tamanho dos cálculos que conseguimos expelir, naturalmente, vai depender do tamanho do ureter, a saída dos rins, a saída da pelve renal até a entrada dele na junção com a bexiga. Esse tamanho do ser humano é constante, independente da idade, do sexo e do tamanho da pessoa.

Ao redor de 4,5 milímetros é o tamanho do ureter do ser humano. Então, a maior parte das pessoas tem o ureter de 4,5 milímetros, mas algumas pessoas têm ureteres maiores e outras pessoas, por azar, vão ter ureteres um pouco mais finos. Isso explica o tamanho que os cálculos podem ser expelidos naturalmente.

Normalmente, os cálculos expelidos naturalmente vão até os seus 5 a 6 milímetros. Passou disso, fica mais difícil expelir esse cálculo porque o ureter teria que dilatar e lutar contra o cálculo em contrações rítmicas até expelir. E essa luta causaria muita dor. Normalmente, assumimos que até 5 a 6 milímetros esses cálculos podem ser expelidos naturalmente.

Claro que você vai ouvir histórias de indivíduos que conseguem expelir pedras maiores, mas eles não são a média. Nesse processo, pode causar a eliminação de sangue na urina? Claro, são pedras que vão descer, eventualmente rasgando o ureter. Esses micro machucados podem liberar sangue na urina. Aliás, essa é a característica mais presente nos exames de urina.

Tem remédio para diluir os cálculos?

Depende do que eles são feitos. Se eles forem de cálcio, se a origem for cálcica, não tem remédio para diluir. Se a origem for de ácido úrico, temos algumas estratégias medicamentosas para diluir. Lembrando que é difícil diluir, uma vez que o ácido úrico está cristalizado.

É possível, alcalinizando a urina, mas não é tão simples assim. Exige bastante tempo de tratamento, não é rápido.

Dá para saber a origem dos cálculos?

De novo, voltamos ao exame de urina. Cálculos são soluções super saturadas de algum sal, em pouco volume. Então, o que é isso? Excesso de algum tipo de soluto em pouco solvente.

Quer dizer, no caso do ser humano, os mais comuns são o excesso de cálcio em pouca urina. No exame de urina podemos ver se eventualmente tem excesso de eliminação de cálcio, eventualmente tem excesso de ligação de ácido úrico. Nos exames de 24 horas, conseguimos dosar o volume de água que a pessoa ingeriu.

Tem uma conta de 30 mililitros por quilo nas 24 horas é o tanto de líquido que a gente deveria consumir. Para uma pessoa de 70 quilos, mais ou menos 2 litros e 100, não está considerando se o tempo está seco ou úmido.

E é nesses exames de urina que temos uma ideia se a pessoa está se excretando ácido úrico, cálcio em excesso ou até outros sais um pouco mais raros. Como curiosidade, às vezes no exame de urina, pegamos excesso de alguns tipos de cristais.

Pois bem, esse exame de urina simples dá uma ideia também se a pessoa está eliminando poeira desses tipos de sais. Então, claro, aumenta a chance de que, se um dia ela vir a ter cálculos renais, serem dos mesmos sais que ela costuma eliminar no dia a dia.

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