Incontinência Urinária Feminina
Diagnóstico e tratamento individualizado da incontinência urinária feminina com o Dr. Julio Bissoli.

Quando se fala em

Incontinência Urinária Feminina

, estamos nos referindo à perda involuntária de urina, um problema que muitas vezes é causado pela diminuição do tônus muscular na região pélvica. Como

especialista Incontinência Urinária Feminina

, é um distúrbio com o qual estou bastante familiarizado, uma vez que é uma condição que afeta, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, cerca de 35% das mulheres acima dos 40 anos.

A incontinência urinária nas mulheres não é apenas uma questão física, mas também emocional. É um sintoma de algum tipo de disfunção, que pode ser resultado de diversos fatores, como a idade avançada, infecções, o uso de certos medicamentos, a gestação, ou mesmo distúrbios neurológicos. Ela provoca constrangimentos e afeta a autoestima das pacientes, podendo levar a problemas psicológicos como a depressão, e até ao isolamento social devido à necessidade do uso de fraldas ou absorventes.

Não é raro que pacientes deixem de realizar atividades diárias por causa da incontinência urinária. Além de afetar a saúde física, a incontinência urinária prejudica o bem-estar emocional, psicológico e social.

No entanto, é importante frisar que a maioria das causas da perda involuntária de urina nas mulheres pode ser tratada com sucesso. Com minha experiência como especialista em Incontinência Urinária Feminina, tenho observado que as origens desta condição frequentemente se encontram em fatores como a gravidez, o excesso de peso, e a menopausa.

Durante a gravidez, por exemplo, os músculos pélvicos podem ser sobrecarregados pelo peso do feto, levando a problemas com incontinência urinária que podem persistir mesmo após o nascimento da criança. Portanto, sempre aconselho as mulheres que estão pensando em engravidar a fortalecerem os músculos pélvicos com exercícios específicos.

Já o excesso de peso pode exercer uma pressão excessiva nos músculos abdominais e pélvicos, dificultando o controle da bexiga. Por isso, é fundamental manter uma dieta balanceada e um estilo de vida saudável.

Na menopausa, a redução dos níveis de estrogênio leva a uma diminuição na espessura das paredes da uretra, o que pode facilitar a ocorrência de episódios de incontinência urinária.

Com um doutorado correlacionado ao tema incontinências de esforço, prolapso genital, slings e próteses, tenho me dedicado a investigar as causas da incontinência urinária nas mulheres e a encontrar, em conjunto com a paciente, a melhor forma de tratar e combater este problema.

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Entre os tipos de incontinência urinária feminina, destaco a Incontinência Urinária de Esforço, a Incontinência Urinária por Urgência, a Incontinência Urinária por Transbordamento e a Enurese Noturna.

Na Incontinência Urinária de Esforço, há uma deficiência no suporte da bexiga e da uretra, causada por uma fraqueza ou lesão do esfíncter. Nesses casos, a perda de urina ocorre após esforços ou movimentos como tossir, espirrar, pegar peso, levantar ou andar. O tratamento mais comum é a cirurgia de Sling para reforçar os ligamentos que sustentam a uretra, embora exercícios também possam ajudar a fortalecer a musculatura da região.

A Incontinência Urinária por Urgência é caracterizada por um desejo repentino de urinar, numa condição classificada como bexiga hiperativa. Pode ser causada por uma infecção urinária ou por alterações nos nervos que controlam a bexiga. Nesses casos, o tratamento é geralmente farmacológico, para evitar a contração vesical, e fisioterápico, com treinamento da bexiga, exercícios de Kegel e técnicas de relaxamento.

Já a Incontinência Urinária por Transbordamento ocorre quando a bexiga não é esvaziada por longos períodos, e acaba por transbordar. Esta condição pode ser causada por uma fraqueza do músculo da bexiga ou por uma obstrução na uretra que impede o esvaziamento normal. O tratamento nesses casos varia entre técnicas para reduzir a quantidade de urina na bexiga, como a inserção intermitente de um cateter, e técnicas para aliviar a obstrução.

Por último, temos a Enurese Noturna, que é a perda de urina durante o sono. É importante destacar que uma paciente pode apresentar mais de um tipo de incontinência, o que reforça a necessidade de uma avaliação cuidadosa por um urologista para determinar a causa e estabelecer o tratamento mais adequado.

Ao lidar com a incontinência urinária feminina, é crucial lembrar que cada paciente é única, e que o melhor plano de tratamento é aquele que leva em consideração a singularidade de cada indivíduo. Como urologista, tenho o compromisso de oferecer um atendimento personalizado, que considera não apenas os sintomas físicos, mas também os impactos emocionais e sociais da incontinência urinária na vida da paciente.

Diagnóstico O diagnóstico da incontinência urinária feminina é um processo meticuloso que requer atenção aos detalhes e uma análise completa da saúde da paciente. Como urologista com vasta experiência nessa área, posso dizer que o primeiro passo para o diagnóstico é sempre a avaliação dos sintomas apresentados e do histórico médico da paciente.

Quando uma mulher chega ao meu consultório com suspeita de incontinência urinária, a primeira coisa que faço é conduzir uma entrevista detalhada. Durante essa conversa, procuro entender a frequência e o volume de perda urinária, além de possíveis gatilhos para os episódios de incontinência, como tossir, espirrar ou exercer algum esforço físico. Também investigo o histórico médico e cirúrgico da paciente, pois certas condições de saúde e procedimentos podem aumentar o risco de incontinência urinária.

Depois dessa conversa inicial, normalmente realizo um exame físico, que inclui um exame pélvico. Esse procedimento me permite avaliar o tônus muscular na região pélvica e verificar a presença de prolapsos ou outros problemas que possam estar contribuindo para a incontinência.

Em seguida, peço um teste de urina para descartar a presença de infecções urinárias ou outras condições que possam estar causando os sintomas. Esse é um passo crucial, pois muitas vezes os sintomas da incontinência urinária podem ser confundidos com os de uma infecção do trato urinário.

Em alguns casos, podemos precisar de exames adicionais, como a cistoscopia, que permite visualizar o interior da bexiga, ou estudos urodinâmicos, que avaliam a função da bexiga e do esfíncter uretral.

A partir dessas informações, é possível identificar a causa da incontinência urinária e planejar o tratamento mais adequado para cada paciente. No entanto, é importante lembrar que o diagnóstico é apenas o primeiro passo. O tratamento e a gestão contínua da condição são igualmente importantes para melhorar a qualidade de vida da paciente.

Em casos específicos posso realizar procedimentos de reconstrução com uso de slings, bem como prescrever reforços musculares da área pélvica com exercícios simples para combater esse problema e reforçar todo o assoalho pélvico.

Tratamentos O tratamento para a incontinência urinária feminina é uma questão complexa e depende de diversos fatores. Como urologista especializado neste campo, acredito que a primeira coisa a ser compreendida é que o tratamento deve ser personalizado para cada paciente, levando em consideração fatores como a quantidade de urina perdida durante o dia e a causa subjacente da incontinência.

O primeiro passo para determinar o tratamento mais adequado é avaliar o quanto a pessoa perde de urina ao longo do dia. Para isso, um dos exames que solicito aos pacientes é o peso da fralda ou do protetor diário utilizado. Este exame oferece uma ideia sobre o volume das perdas urinárias, ajudando a classificá-las como leves (até 100 mililitros por dia), moderadas (até 400 mililitros por dia) ou importantes (acima de 400 mililitros por dia).

Com base neste volume de perdas, posso indicar o tratamento mais adequado para a incontinência urinária. Para as perdas leves e moderadas, geralmente opto por medidas que envolvem a compressão do canal da urina, como a colocação de uma tela no caso das mulheres. Este procedimento ajuda a proporcionar um suporte extra para a uretra, reduzindo a perda de urina.



No entanto, para casos de perdas graves, pode ser necessária a colocação de um esfíncter artificial. Este é um dispositivo de silicone que funciona como uma cinta ao redor do canal da urina, que pode ser acionado por um botão para controlar a liberação de urina. Embora o esfíncter artificial possa durar até 15 anos dentro do corpo, é necessário realizar uma certa manutenção ao longo do tempo.

Também é importante destacar que existem tratamentos disponíveis para todos os tipos de incontinência urinária, seja ela congênita ou adquirida. No entanto, a eficácia de cada tratamento vai depender de uma série de fatores, incluindo a causa subjacente da incontinência, a idade da paciente, seu estado de saúde geral e suas preferências pessoais.

Como urologista, meu objetivo é ajudar cada paciente a encontrar o tratamento que melhor se adapte às suas necessidades e ao seu estilo de vida. Isso pode envolver uma combinação de diferentes abordagens, incluindo a medicina tradicional, a fisioterapia, as mudanças no estilo de vida, e em alguns casos, a cirurgia.

Por último, é importante lembrar que, embora a incontinência urinária possa ser um problema desafiador, há muita esperança para as mulheres que sofrem com essa condição. Com a ajuda de um especialista dedicado e um tratamento adequado, é possível gerenciar a incontinência urinária e melhorar significativamente a qualidade de vida.

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